Como tu te pões...

segunda-feira, outubro 16, 2006

Coceguinhas nos Tímpanos - vol. I

À imagem do que já foi feito anteriormente, inicia-se hoje uma rubrica de música. Esta será constituída por uma banda por semana, com a biografia da praxe mas facilitando a vida do pirata informático (calma…)...
Impunha-se um início digno e que fizesse coceguinhas nos ouvidos dos nossos 4 ou 5 leitores… E quem melhor do que os Architecture in Helsinki?...




Tudo começou no final dos anos 90 numa pequena cidade australiana com uma banda de “teen funk-grunge” chamada The Pixel Mittens e da qual, compreensivelmente, nunca consegui arranjar nada. Mas estes três amigos, cansados das limitações do meio rural, mudaram-se para Melbourne onde o vocalista Cameron era conhecido por dar concertos sentado numa bicicleta de ginásio. Foi mais ou menos nessa altura que decidiu aprender a tocar guitarra…
Durante um ano tentou juntar um grupo para tocar em alguns bares da cidade e a banda consolidou-se em 2000 na altura em que montaram um estúdio de gravação “Supermedolyworld” numa igreja e começaram a gravar o primeiro álbum com um calendário apertado, já que Cameron iria viver um ano para a Califórnia. Gravaram apenas três músicas e eu tive a sorte de em 2001 tropeçar numa demo manhosa, mal eu sabia o que estava para acontecer...
Entretanto, a viagem de Cameron pela Califórnia fê-lo apaixonar-se pelos
Wu Tang Clan e os The Magnetic Fields. Conclusão: Três quartos do primeiro álbum (Fingers Crossed) foram escritos por Cameron num daqueles órgãos de brincar (aqueles de soprar... o bag deve saber de que estou a falar...) e numa guitarra estragada na casa dos pais e em apenas 6 dias assim que regressou da América. Quando Cameron levou estas músicas para um ensaio da banda, estes deixaram as músicas atmosféricas de 8 minutos e passaram para músicas pop, ou indie-pop, de 2 ou 3 minutos. Foi na escola de Arte onde Cameron estudava Fotografia que este conheceu os The Rhinestone Horns, uma banda de metais, e finalmente o lineup da banda estava completo: uma mistura perfeita de músicos auto-didactas e académicos estudiosos, de gente triste e feliz, da cidade e do campo, com influências dos últimos 183 anos de música pop...



Em 2005 sai o In Case We Dye, álbum este que me acompanha no leitor do carro nos últimos meses… A melhor descrição que se pode fazer dos “Architecture” é a de uma banda que atira ideias à parede e vê o que cola: fanfarras, indie, pop, speed, ska e até música electrónica, estilos esses que tentam encaixar na mesma música (ver Neverevereverdid) . Além de tudo isto, e além da força de cada canção, parecem criar uma rede de túneis que preenchem cada silêncio por detrás das vozes muitas vezes sussurrantes. Facto esse explicado pela banda ser constituída por, além dos 8 membros originais, cerca de 40 músicos.

Para quem tem downloads ilimitados: 2 ábuns (Fingers Crossed e In Case We Dye)
Para clientes limitados: In Case We Dye (álbum)
Para forretas ou cadastrados (sugestões para quem só quer tirar uma ou duas músicas): Do the Whirlwind (
ver vídeo), Neverevereverdid, It’5, Cemetery, The Owls Go

Architecture in Helsinki

Para ouvir um cheirinho... (que bonita imagem...)

4 Comments:

  • At 4:52 da tarde, Blogger ... said…

    o que é que o boneco careca do teu post tem debaixo do nariz? que eu me lembre não costumas andar com a barba por fazer...

     
  • At 5:06 da tarde, Blogger ... said…

    100g de farinha?!?

     
  • At 5:24 da tarde, Blogger BAG said…

    E coceguinhas nos tomates, não fazes?n É que para as orelhas já tenho cotonetes...

    "Vaze o preparado numa forma untada"

    Ainda tou a assimilar esta...

     
  • At 5:26 da tarde, Blogger ... said…

    ... e tu descobriste a mensagem subliminar do meu nick... dammit!!

     

Enviar um comentário

<< Home